sábado, 10 de maio de 2014

Numa quinta qualquer











São 6h da manhã.
O relógio, ao meu lado, repete um tique-taque cansado,
No mesmo ritmo que a rotina.
Pela janela, gorgeios entram desconexos
Como a afinação inicial de sopro, cordas e contrabaixos
Quando se ouve, ao longe, a batuta do maestro:
O badalo ritmado dos sinos da Catedral.
A cortina, azul, se abre com nuvens claras e rosadas.
É o primeiro movimento dessa quinta.