sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Luz que se apaga










Vi teu choro,
teu lamento,
taquicardia
desfalecimento
Até o momento em que não precisaste mais

Traguei todo stress da fumaça do teu cigarro
Rodei quilômetros sobre as rodas perigosas do teu carro
Enquanto procuravas a ti mesmo e alguém mais
Que nunca esteve dentro de mim

Nosso romance obscuro
Mantido por ti na noite,
no escuro
Parecia querer não comprometer
O teu desejo de se envolver
Com flores novas, música e ciganas
Enquanto ainda, a mim, enganas

Teu dedo no meu dedo no gatilho...
O tiro.
E morre a flor.
- Você matou.
- Eu? Não fui eu! Foi você quem atirou?!
Enquanto em ti nasce outra...
Sob aplausos de amigos.
Com louvor.

Que se apague logo
e se vá de vez da minha história
E me deixes só
com a minha dor.




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