terça-feira, 26 de junho de 2012

Despertar



















Despertar...
Enfim, o encanto acabou.
Acordar de um sonho,
mesmo querendo ficar a dormir.
Coração, terra do nunca...
Emoções sufocadas
gritando socorro, querendo explodir.
Ser frio quando o calor transpira na pele.
A vontade do colo...
Verbena no vaso de cristal.

A música /sem saída/
no fim da rua /sem mais entrada/
soa longe... e se mistura
ao som da noite:
pessoas indo e vindo,
passam pelo meu rosto
como vento quente vindo da areia
em fim de tarde de verão.

Mas sem cheiro de maresia.
Sem estrelas no mar.

E a lua de São Jorge
Insiste em brilhar no alto do céu,
cheia e alheia,
a tudo, indiferente à tristeza
como se ela não pudesse existir.
E ilumina a cidade escura
de rostos desconhecidos
esperando pra ser descoberta
livre e aberta
àqueles que nela sorrir.

Cortar as cordas.
E partir.
Partir as cordas.
Cortar...
a corda.

Acorda!

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